Mãe terrorista...

Sigo, há já muito tempo, o blogue Pedagogia do Terror…adoro a introdução do mesmo “Este blogue não pertence a uma mãe fofinha”. Identifiquei-me muitas vezes com tudo o que era partilhado por esta mãe maravilhosa e sem papas na língua. Pensei muitas vezes, que gostava de, desde o início, ter mostrado o meu lado de pedagoga do terror, de me mostrar inteira e sem merdas, de deixar de lado os folhos e as golas à camões como diria a Quadripolaridades (e assim de uma penada mostro-vos dois dos blogues que mais gosto neste mundo) e contar-vos que adoro as minhas crias, mas que de facto, muitas vezes me apetece fugir para o Burkina Faso, com um bilhete só de ida, com a certeza absoluta que encarar o deserto do Saara é seguramente mais fácil que as duas pequenas ditadoras que tenho em casa…comecei a dizê-lo alto, sem pudor, por sua causa, Sra. Pedagogia do Terror! Obrigada por isso.

Então, com isto, faço um post especial, só para mandar um beijo e um abraço a uma pessoa especial, que não conheço de “banda nenhuma” mas que não me saiu da cabeça nos últimos dias…a certeza que caminhamos os mesmos caminhos torna-nos mais inteiros…

E para acrescentar que este enorme torniquete com ficamos no peito se vai tornando, com o tempo, menos apertado…que tudo se vai tornando mais suave, e com uma luz mais clara…e que, embora parte de nós se vá para sempre, o que fica é imenso…E sim…eu também ri muito…a minha filha nasceu 15 dias depois, houve muita felicidade junta com a imensa tristeza. E então?

Um Beijo especial, Terrorista…

Ps. A propósito da máquina de lavar como recordação, há uns dois meses uma vizinha dos meus pais (que praticamente não conhecemos) abordou o meu irmão mais velho numa festa para o informar que o meu pai (que era a pessoa mais ateia que alguma vez conheci) lhe tinha aparecido em sonhos a pedir para lhe serem rezadas missas porque lhe estavam a fazer falta…o meu irmão, muito sério, agradeceu a informação, e pediu-lhe para se ele lhe voltasse a aparecer lhe pedisse por favor a chave do Euromilhões…

Ano novo, mas a mesma vida!

Pois é! Ano novo...já a correr...Janeiro já vai a mais de meio...e apeteceu-me aqui voltar para falar das resoluções de Ano Novo da minha família...e para dizer que me deixei de resoluções de ano novo...

Quero continuar a olhar para a frente com um sorriso, mas a desfrutar tanto quanto possível do dia de hoje. A Miss B. vai fazer 4 anos!!! Céus! O meu bebé já é uma menina! E a Miss M. corre (literalmente) a passos largos para os dois anos, e por isso, as bebézices também já lhe estão a passar. Por isso gente da minha alma, olhai para hoje, para ver se não os perdemos, e se não nos perdemos de vista...

Bom ano!

O pescador...

Olá, olá!
E parece que finalmente voltei ao meu cantinho...e isto do finalmente tem muito que se lhe diga. Voltei precisamente quando me apetecia voltar. Foram intensos estes últimos meses, emocionalmente falando. Julgo que descobri coisas que procurava há muito tempo e que estavam mesmo à minha frente. Por isso, o objetivo do meu post de hoje é dizer-vos exatamente isto...nem mais nem menos:

http://www.becomingminimalist.com/what-will-my-reward-be/

Até já!

Uma desgraça!!!

Uma verdadeira catástrofe!! Dei-me conta agora mesmo que há dois meses inteirinhos que não escrevo nada no meu bloguinho! Pobre, sozinho e muito abandonado! São as férias minha gente, é o calor, o solinho, a praia, os Algarves e Alentejos desta vida, é o que é!

Mas prometo que este mês me redimo, tá??
Mesmo e a sério!!

Palavra de mãe, que como sabem, nunca falha!!

Bem bom!!

Este foi um fim-de-semana maravilhoso! Começamos com um jantar "sem babetes", meninas em casa da avó e pais em modo livre...Que saudades tinha de efetivamente acabar uma conversa começada, de não passar o tempo preocupada com sopas, papas e frutinha descascada, de sentar o meu rabinho numa cadeira e só o tirar de lá quando o jantar acaba...e não quando a Miss B. decide que já acabou de jantar (o que geralmente coincide com a chegada das entradas!). E depois de uma noite muito divertida, de gente crescida, siga para dois dias dedicados à nossa mais velha: ele foram festas de aniversário, concertos para bebés e o muito esperado e ansiado (apenas por ela, reconheço) Festival Panda! Ainda deu tempo para um passeio de bicicleta a 4, com paragem numa esplanada de praia para ver o pôr-do-sol e até de um filminho a dois, depois das princesas terem aterrado no sono, coisa tão rara que a determinada altura desconfiei que nos ia cair um raio em cima, ou coisa do tipo. "Hummm...tudo a correr tão bem...tu queres ver??"

E já agora, em jeito de nota mental, os concertos da Casa da Música são bem catitas, uma hora bem passada com os pequenitos, mas nada, na minha modestíssima opinião, que justifique tanta lista de espera, tanta publicidade, tanto barulho! Bom, simpático, mas já vi do mesmo, noutros locais. Mas ainda assim, vale a pena...os meninos divertem-se e por isso vale o tempo e o dinheiro...
Já o Festival Panda, que, confesso, ia a medo, por todos os "ai aquilo é horrível", "é muito comercial", é muito isto e aquilo, até é bem catita. É o Panda e mais uns outros bonecos semelhantes, que cantam músicas que os meninos conhecem...tipo concerto, mas em versão pequeninos. Não adorei (mas ela delirou!), mas também não nos deixou ficar mal...Até tivemos o momento alto do dia, protagonizado por um Pocoyo gigante, o "ídolo" da minha filha, que saiu do palco na "Parada do Panda" e se dirigiu a ela e lhe deu um abraço. Pensei que a catraia tinha um "chilique"...até sonhou com ele...pelo menos já sei o que é ter uma adolescente em casa!
Ahhhhh! Bem bom...Gostamos de fins-de-semana assim...Cheios de coisas boas!

Simples, bem simples...

A saída era toda sobre comer um gelado. Fui buscar a B. ao colégio, combinei com o papá para ir buscar a M. e encontrávamo-nos numa esplanada à beira mar. Para comer um gelado. Estava calor, muito calor. E eu estava desde o almoço com vontade de comer um.
E quando íamos para a esplanada, passamos no passadiço por cima de um riacho. E a B. viu uma pata, e atrás dela 12, sim 12 patinhos, bem pequenininhos que a seguiam com todo o imprinting que só os patinhos sabem ter.
E a passeata deixou de ser sobre o gelado e tornou-se toda sobre os patinhos. Maravilhoso o ar deliciado da pequena "ó mãe que lindos, e que fofinhos, e que queridinhos". É mesmo giro perceber que a Miss B. já conhece tão bem o sentimento de empatia. Esteve o tempo todo a perguntar "e aquele? não se vai perder? e será que tem fome? e onde é que vão dormir?".
Fiquei a pensar como é que podemos potenciar isto nos miúdos, este sentimento de cuidar, de nos preocuparmos com o bem-estar dos outros. Mesmo que sejam patos...
Dizia-me a minha formação que algumas correntes fazem depender a empatia da capacidade de corresponder, cognitivamente, às emoções dos outros, e que isso não seria possível em idades muito precoces. A empatia é geralmente definida como um fenómeno que permite ao indivíduo “colocar-se no lugar do outro” ou “sentir o que o outro sente, na perspetiva do outro” ou, então, é apresentada como “uma resposta de uma pessoa ao estado afetivo de outra”. E só gente grandita saberia fazer isto.
Mas os exemplos lá em casa repetem-se. A B. zanga-se muito quando um dos pais se zanga com a M.
A M. gatinha para perto da B. quando ela está a chorar, ou a fazer uma birra. E algumas vezes tenta tocar-lhe, ainda que de uma forma pouco precisa, mas claramente a dizer “eu estou aqui!”.
A B. sempre que vê um daqueles cachorros com ar triste, pára tudo o que está a fazer e qual gato das botas do Shrek lança-me um "óóóó mãe! coitadinho!!!"

Por isso, parece que isto da empatia pode ser potenciado nos nossos pequenos...Então e como?

Bolas, quase parecia que estava prestes a descobrir a pólvora...mas afinal parece que não. Parece que a resposta é simples: pelo exemplo! Como é que nós tratamos os outros? Como é que tratamos os outros nos dias em que "sim, senhor, isto hoje corre-me bem e de feição, e estou mesmo com vontade de ser um doce de cocô com toda a gente", mas sobretudo nos dias em que estamos zangados, frustrados, irritados e com vontade de mandar o mundo todo àquela parte. E como é que tratamos os nossos filhos? Como é que respondemos à sua necessidade de empatia?

Provavelmente será assim que eles serão empáticos com os outros, observando e imitando o nosso exemplo...

Portanto, e como se já não nos chegasse todo o trabalho que dá ser mãe, parece que ainda temos mais este: sermos as melhores pessoas que podemos ser...para os nossos tesouros aprenderem com os melhores!

Simples, bem simples...

O sol brilha!!!

Pois é verdade...há uns 15 dias inteirinhos que não partilho nadinha neste meu canto...quando tenho medo não falo...quando estou muito assustada recolho-me quietinha no meu canto até as nuvens muito escuras passarem...
E passaram, meus amigos. Não há nada, mas mesmo nada mais importante neste mundo pequenino que nos coube habitar do que saber que as nossas pessoas estão bem. Que nada de mau paira sobre elas! UFFFA!
E por isso, e apesar deste dia cinzentão, o mundo brilha outra vez!! O sol está mais brilhante do que nunca dentro de mim...E porque este post está mais ou menos atípico, vou "atipifica-lo" (isto existe?) de todo: Obrigado meu amor, por seres uma rocha! Muito obrigado amigos, por não terem arredado pé! Muito obrigado C., por perceberes o meu silêncio! Muito obrigado familia, por toda a força que vos pressenti. Muito obrigado "meu" Dr. das crianças pelo cuidado, carinho e preocupação, mesmo durante as férias...
O sol brilha e muito, outra vez...
Obrigado!